Como a vida tem seguido em câmera lenta, não devia mas parece natural vir aqui repetir certas falas. Entretanto, hoje, o que eu queria falar era de outra ordem, precisamente de uma certa desordem. Não aquela caótica, em que não se sabe onde tudo começa e termina e há confusão de sentimentos, mas de uma desordem que resulta da clareza de descontinuidade entre o que foi, o que é e o que será (se for)...
É esta mesma desordem que me faz sentir livre, mas não confortável, para não entender nem mesmo o fio condutor desta postagem, isto se houver algum.
"...E aquilo a que chamávamos nosso amor
era talvez eu estar de pé diante de você,
com uma flor amarela na mão,
você com duas velas verdes,
e o tempo soprando contra nossos rostos
uma lenta chuva de renúncias
e despedidas e tíquetes de metrô"
(Julio Cortázar)
Sabe aqueles momentos nos quais alguém deseja tanto falar e o outro necessita, com não menos intensidade, ouvir? Bem, essa pode ser a hora do amor. Ou de uma incomensurável solidão.
(VaneideDelmiro)
sábado, 23 de fevereiro de 2008
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4 comentários:
Fiquei atrasada na minha leitura na net...Mas olha, minha amiga, respeite o silêncio interno e saiba esperar...no meio do furacão não venta e em breve ao redor se acalma. Um flor bem amarelinha de alegria pra ti! um beijo
Será essa mesmo a hora do amor?
Estou te favoritando e virei sempre pra ler suas horas.
Camilla Tebet
www.essepapo.nafoto.net
Veja como são as coisas: estava mexendo em uns papéis quando encontrei um velho caderno espiralado com os textos que você um dia me deu. Lá, você me prometia que depois conversaríamos sobre eles. É uma pena não termos conversado. Mas vejo que você continua a mesma boa poeta. Visitar o seu blog me comove. Um beijo. Ronaldo.
gosto da maneira como vc escreve, faz a agente se sentir tocado na pele, na alma, tatooa o coração! vc é um doce encanto e esse sorriso então? o desabrochar de mil rosas.
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