sexta-feira, 13 de junho de 2008

O sabor de nenhuma estação...



À Lourdinha, amiga de todas as estações do ano, e da vida...


Depois de declarada nossa fé em Antônio (♫que seria de mim, meu Deus, sem a fé em Antônio?♫), das divagações sobre a única sexta-feira 13 deste ano, das fases da lua, de mim que quero ser outras e da sopa quentinha forrando nossos estômagos... Depois de tudo isso, e do mais que não foi postado, mas ficou registrado, voltei pra casa, num friozinho típico de um quase-inverno, pensando em teus outonos, com o sabor de nenhuma outra estação...



O sabor de nenhuma estação

Como uma colheita
ela esperava no outono
o frutificar daquela estação.

O sabor de nenhuma estação
podia comparar-se ao outono.
Não depois de apalpada a sua casca
e degustada, em magusto, a sua polpa.

Sequer desconfiará
que o outono, em seus tons,
esconde a profundidade e a dureza
de um caroço.

(VaneideDelmiro)

Um comentário:

Anônimo disse...

Sabor de fé compartilhada;
de polpa apenas pressentida,
de sonhos postados à mesa,
de amizade expondo
seu tecido.

Outros outonos virão...
Experimentaremos,quem sabe,
a plenitude
de todos os seus tons.

Em tom de agradecimento,
Um outonal abraço, Maria