terça-feira, 27 de maio de 2008

Padrinho... Sete meses...

"Saudade, só..."


"(...) como era que um daquele podia se acabar?!"


"Deviam de tocar os sinos de todas as igrejas!"


"(...) era como levando eu, de milhares, uma carga de chumbo grosso ou chuvas-de-pedra."


"Muita coisa importante falta nome."


"Acho que nós dois éramos mesmo pertencentes."


"Quanto mais ando, querendo pessoas, parece que entro mais no sozinho do vago..." - foi o que pensei na ocasião. De pensar assim me desvalendo. Eu tinha culpa de tudo, na minha vida, e não sabia como não ter. Apertou em mim aquela tristeza, da pior de todas, que é a sem razão de motivo; que, quando notei que estava com dor-de-cabeça, e achei que por certo a tristeza vinha era daquilo, isso até me serviu de bom consolo. E eu nem sabia mais o montante que queria, nem aonde eu extenso ia."


(Fragmentos Grande Sertão: veredas - João Guimarães Rosa)

2 comentários:

Camilla Tebet disse...

Lindo. Às vezes a dor serve pra nos lembrar pra onde devemos olhar não é? Sempre temos culpa de nossa vida, sempre, sempre. Ai, sempre!

Mari Monici disse...

Quanto tempo não vinha aqui...a vida fora é maior do que parece precisamos ir vive-la e levar a de dentro junto. Não ao contrario.
Biejo...ta lindo aqui.