sábado, 4 de setembro de 2010

Pingo




Chamava-se Pingo
E nos deu um oceano de alegria.

(VaneideDelmiro)



Negro, com os olhos em brasa
Bom, fiel e brincalhão
Era a alegria da casa
O corajoso Plutão
Fortíssimo, ágil no salto
Era o terrror dos caminhos
E duas vezes mais alto
Do que o seu dono, Carlinhos
Jamais a casa chegara
Nem a sombra de um ladrão
Pois fazia medo a cara
Do destemido Plutão
Dormia durante o dia
Mas quando a noite chegada
Junto à porta se estendia
Montando guarda ficava
Porém Carlinhos
Brincando com ele
Às tontas no chão
Nunca saia chorando
Mordido pelo Plutão
Plutão velava-lhe o sono
Seguia-o quando acordado
O seu pequenino dono
Era todo o seu cuidado
(...)
Foram um dia à procura dele
E esticado no chão,
Junto a uma sepultura
Acharam morto o Plutão
(Olavo Bilac, Plutão)

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá! Ando um pouco sumido, as leituras acadêmicas andam me tomando um bom tempo... O Pingo morreu? Faz tempo que não nos falamos e vejo que muita coisa anda acontecendo, precisamos qualquer dia desses parar um pouco e bater um papo tá! De qualquer forma fico triste pelo Pingo não estar mais junto de nós. Senão te deixar mais triste, quero saber o que aconteceu depois.
Estranho como os bichos chegam em nossas vidas e se tornam parte importante dela, mais estranho ainda é que só nos damos conta quando eles partem.
Registro aqui meu pesar pelo fato ocorrido...

Marcelo Cavalcanti

Ludmila Clio disse...

Pois só quem já teve um bichano é que sabe como é gostoso conviver com essas ferinhas...

aqui, tô com saudade de vc!!
Bjo!!