terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Desengasgo...

Agora eu vou cantar pros miseráveis
(...)
Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

(Blues da piedade – Cazuza e Frejat)



Francamente não sei se é incoerência isso de sentir e não demonstrar. Sei lá, às vezes as pessoas querem se preservar, se proteger, têm seus motivos. Há de se considerar.

De qualquer modo, acho dificílimo entender que alguém diga gostar de outra pessoa e tenha atitudes tão incongruentes com a sua fala. Isso, claro, na melhor das hipóteses, porque tem quem gosta e não declara ou declara somente quando o outro já está murcho de tanto esperar, de tanto querer ouvir, depois que sua alma, coitada, está a ponto de compor a paisagem do cariri.

Reconsidero, é verdade: as pessoas sentem e se expressam de formas diferentes. Mas não acredito que se desconheça o que de terno pode haver num abraço acolhedor, no cuidado declarado sem ressalvas ou meias-palavras, nos que querem, a todo custo, confundir a franqueza do sentir com a fraqueza de sentir.

Eu sinto, sinto muito...

2 comentários:

Mari Monici disse...

Venho assinar embaixo!
Ando carente das palavras, estas que vc suplica...abraços são otimos mas musica para os ouvidos também seriam bem vindas.
Otima sexta!
Um beijo, e eu, gosto muito de vc!

Mari Monici disse...

So vim contar que d eontem pra hoje este seu texto me aconteceu e ocorreu uma meia duzia de vezes...triste viu?!