quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Um número maior, talvez menor...

No provador de roupas, ao se dar conta de que a peça experimentada não se ajusta, seja por se tratar de um número maior ou menor, você rapidamente solicita ao vendedor algo que se adéqüe ao seu tamanho. Com a correção numérica, por vezes, tudo se resolve.

Noutras ocasiões, se faz necessário algum tipo de reparo e a loja de consertos realiza o milagre da adequação: com apertos daqui e cortes dali a peça até parece ter sido feita para você.

Mas e a alma? Onde ajustar uma alma que não se adequa à moda preexistente? Que não encontra modelos prêt-à-porter? Que está muitos números além e aquém de si mesma?

P.S.: Independente do tamanho, possíveis respostas serão bem acolhidas...

(VaneideDelmiro)



"Cadê a tampa da pasta de dentes? / Minhas chaves aonde eu deixei? / O espelho me olha impaciente / Eu ia me encontrar e me atrasei / O sol me aparece de repente / Sem eu perceber, amanheceu / Traz a conta, chama o gerente / Diz que este outro aqui sou eu"
(H. Vianna/ P. Luís/ C. Avim, M. Moura, S. Silva, C. A. / Sincero Breu)

3 comentários:

Anônimo disse...

Ufa! Essa postagem foi de tirar o fôlego. Em se falando da alma, creio que não há receita de justes, como ocorre com as coisas materiais. Apesar de aparentemente existirem pessoas extremamente semelhantes, seja em aparência e gostos, suas almas serão sempre diferentes, únicas. Por mais que se tente, jamais se conseguirá ajustá-las.

ADOREI! O texto no mínimo nos faz pensar: Como estamos tratando nossa alma?

Abraços,
Marcelo Cavalcanti

Eveline disse...

Adequar a alma é quase impossível. Quase sempre não a enxergamos ou a sentimos.
Abraços,
Eveline

Jânio Dias disse...

Olá, Vaneide!

Passando para agradecer o carinho e espera por algum texto novo.

E aproveitar para lhe desejar muita paz, equilíbrio e amor infinito.

Um abraço,