terça-feira, 13 de novembro de 2007

Tão jovem, a morte (Lya Luft)


"A rainha da nossa perplexidade, que torna o presente tão importante, o amor tão urgente, a bondade tão necessária, a ética tão essencial, a arte tão fundamental - ela, a Senhora Morte, devia, por inevitável, nos tornar muito melhores do que somos.
Muito mais prudentes. Muito mais audaciosos. Muito mais abertos para a vida, a alegria, a claridade, em lugar de tão enredados em nossas mesquinhas intrigas, nossas cotidianas reclamações, nossas minúsculas vinganças.
Porque só uma vida bem vivida, com decência e generosidade, prepara, ainda que sem muita garantia, isso que chamamos morte: que nos espreita na cama, no carro, no avião, na calçada, ou na mira de algum terrorista alucinado."



Um belo texto pra regar esse terreno árido vocabular que tenho habitado desde que "vi a cara da morte e ela estava viva, viva" (Cazuza).

Um comentário:

Anônimo disse...

Belíssima postagem, como tantas q já li no seu blog. Utimamente venho pensando no tema "Morte". Há trechos na mensagem q me faz refletir com mais profundidade sobre o assunto. PARABÉNS!

P.S.: Sinto não ter estado próximo a vc nesse momento de sua vida!

Marcelo Cavalcanti