Teu nome ficou tão secreto
quanto uma senha perdida
que a gente procura em vão,
sabendo não mais encontrá-la.
E todas aquelas avenidas,
também apaguei da memória:
o caminho ermo, a noite dura,
anúncios luminosos
de refeições grátis
e fáceis promessas de amor.
Bani a urgência de amar
- remédio é pro que cicatriza!
E no fracasso dos dias
pressinto sinais de partida.
(VaneideDelmiro)
terça-feira, 10 de março de 2009
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5 comentários:
Fiquei arrepiada e com uma pontinha de tristeza, afinal, qual é a partida que não dói? Mas acalme teu coração... é frase feita, mas funciona: "dias melhores virão"!!!
Beijo!!
OBS.: fiquei lisonjeada por ser incluída no "povo bom de Cachoeiro de Itapemirim", obrigada!!!
Obrigada, Ludmila!
Amém! Amém!
Valeu!
"Bani a urgência de amar
-remédio é pro que cicatriza!"
Eita dois versinhos penetrantes! Lindo poema... De uma melancolia libertadora. A fase da não-urgência traz uma consciência boa de si mesma, eu gosto.
É quando a gente se permite essa fase que o abandono tende a passar.
beijos!!
Lembrou-me "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças".
Mas uma mente sem lembranças, são faróis apagados.
Abraço!
O poema “Abandono” é de uma riqueza impressionante, as palavras vão rasgando profundas reflexões do mais fundo do nosso ser. Se sentir abandonado é uma coisa estranha, que machuca, mas acredito que seja inevitável para nosso crescimento.
Parabéns pelo belíssimo poema!!!
Marcelo Cavalcanti
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